ANDRÉ CUNHA
 
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08 de junho de 2022

arquétipos em transe

em formato de private viewing, a mostra explora a relação do artista em conexão com o universo do fotografado. personagens anônimos encontrados ao acaso contextualizadas por paisagens urbanas em situações corriqueiras oferecendo um generoso fragmento das principais obras de André Cunha.

 
 
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sobre viagens, personagens e luz

por trás das lentes

andré cunha tem viajado ao longo de alguns anos em busca de uma imagem que represente o humano. Não somente em sua ampla diversidade mas também através da visão mais incomum, uma proposta gráfica onde sua verve estética se aproxima harmonicamente da poética, uma conciliação destinada a poucos, ainda mais àqueles que se aprumam nas primeiras caminhadas.

Seu trabalho, imbuído de tons densos e repleto do chiaroscuro, evidencia uma clara capacidade do indivíduo de transcender suas circunstâncias, alternativas expressas nos rostos de seus modelos, homens, mulheres e crianças, a possibilidade de se adaptar a diferentes modos de vida, bem como o exercício da individualidade. Esta é uma rara opção em um mundo pasteurizado representado em excesso pela fotografia mais contemporânea.

Em seus ensaios fotográficos, ANDRÉ CUNHA demonstra uma crença no espírito humano e a capacidade da humanidade para se elevar acima das sua contradições. Com imagens contundentes, reveladas pela marcante influência da pintura mais histórica, o fotógrafo expressa um trabalho autoral revelador de uma memória estética elaborada, onde a luz explorada habilmente traz a transcendência de seus personagens.

Fotógrafo e personagens são traduzidos em imagens marcantes de maneira dialógica, uma aproximação filosófica que surge tanto de uma relação empírica na obtenção do espectro gráfico por ele utilizado, quanto na execução de sua iluminação precisa, momento em que a composição e o conteúdo se revelam em rara harmonia, cujo resultado é uma atraente imagem fotográfica, carregada de força e vitalidade.

Juan Esteves
Fotógrafo, Crítico e Curador

 

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andré cunha

trajetória

É graduado em Desenho Industrial e pós graduado em docência em Artes Plásticas.

Aos 18 anos foi convidado pela consagrada fotógrafa carioca Cibele Clark para trabalhar em seu estúdio fotográfico onde iniciou sua carreira como fotógrafo editorial, trabalhando para revistas como Interview, Boa Forma, Sexy e Manequim.

Após sua graduação se dedicou à abertura e direção de seu atelier no Rio de Janeiro, onde atuou com projetos de arte e design. Posteriormente se radicou em São Paulo, onde empreendeu uma maior aproximação com a fotografia autoral, a qual vem se dedicando desde então.

Ao longo de sua produção como artista desenvolveu estudos aprofundados de pensamento e teoria da fotografia com os renomados fotógrafos e curadores paulistas Marcelo Greco, Monica Paes e Juan Esteves.

Com a sua produção fotográfica foi um dos selecionados para o evento Caravana Magnum, 70 anos, que ocorreu no Festival de Fotografia de Tiradentes e no Rio de Janeiro, gerenciado pela icônica agência Internacional Magnum Photos.

Entre as suas atividades como autor, se destacam exposições em galerias, como a Espaço 1338 em São Paulo e seus estudos mais aprofundados sobre fotografia, que vem se dedicando entre Nova Iorque e Toronto. Foi também o premiado com a Menção Honrosa no Prêmio Brasil Fotografia 2017.


 




 
 
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Entrar no universo do outro me tira do meu universo.
E os meus olhos sempre me pediram miragem.
 
 
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